Pensamentos

Cheguei a Campinas de novo, minha segunda casa, né? Outro dia pensei (falta do que fazer, pode ser...) que podia encarar tudo isso como um trabalho, já que o INSS dá conta de pagar por essa nova vida praticamente metade do que eu ganhava.

Posso pensar que estou fazendo uma especialização na area de saúde. Aprendendo sobre o assunto eu tô. Tô fazendo ainda um mega estágio, meu supervisor é de primeira. Diferente do meu primeiro médico, agora sou altamente instruída a cada etapa do meu tratamento (percebi que saber com o que estou lidando me tranquiliza bastante).

Só não quero exagerar nos estudos, as pesquisas na internet ficam por conta do Leandro, pois algumas coisas ainda me impressionam e também já li vários livros sobre o assunto (prometo logo colocar aqui a relação deles), onde aprendi sobre a origem do tumor, como ele se comporta, alimentação (sobre isso eu já era craque graças a minha super nutricionista de Pompéia que me orientou da melhor maneira possível. A ela, meu muito obrigada!), formas de se conviver com a doença, etc. Vários deles foram muito úteis, principalmente aqueles que contam histórias de pessosas que passaram por problemas semelhantes e superaram. Por muito tempo pedia a todos que não me contassem histórias de pessoas que morreram de câncer. Alguém vinha me contar uma história e eu interrompia no começo: fulano morreu? Em caso positivo, a história deveria ser cruelmente abandonada. Graças a isso não recebi algumas notícias, como a morte do meu cabelereiro ( faz tempo também que eu não precisava dos seus serviços!). Mas tudo bem, de qualquer forma, demos muitas risadas com essas histórias. Esse meu "probleminha" foi material para muitas piadinhas.

Essa foto é da minha família no aniversário de 50 anos da minha tia: meu pai, ela, meu primo irmão e minha mãe.